quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Fome

Fome, fome, fome, fome e fome, é assim que nos sentimos quando nosso estomago resolve falar conosco, e não importa, pode ser lesma frita ou um escargot, não sei qual é a diferença dentre os dois, mas dizem que há, o importante é saciá – la.

Após acabar meu expediente de trabalho, andava pela rua com meus pensamentos, quando escutei alguém me chamando, olhei aos lados não havia ninguém tão próximo, um berro novamente foi dado, tenho certeza alguém me chamava, parecia algo vindo de dentro. Quando percebi é que fui reconhecer, era ele, aquela voz familiar, meu estomago que berrava, seu cretino estou com fome não percebe? Disse-me.

Estúpido e sem educação como sempre, foi exigindo que o satisfizesse, eu naquela situação desconfortante resolvi ceder e o alimentar, entrei no primeiro restaurante em minha frente, pelo local, meu estômago estaria satisfeito, mas meu bolso começaria a chorar, apesar de que isto não importava, queria apenas satisfazer – me.

Pedi ao garçom o primeiro prato que achei pela descrição delicioso, antes que ele acabasse de anotar meu pedido, na mesa ao lado chegou o mesmo prato que pedi, perguntei ao garçom se aquele era o econômico do meu prato, reprovando este me confirmou era o prato normal, abismado cancelei o pedido e sai.

Esgoelando meu estômago começava a me agredir contraindo - se, foi quando vi aquele famoso restaurante O Palhaço, pensei em entrar e comer um lanche enlatado, sua especialidade, eu e meu estômago descartamos logo a idéia, afinal estava com fome e não louco.

Cansado, com meu estômago me falando estou com fome e sendo devorado internamente por ele, lembrei – me daquela magnífica churrascaria, onde eu e meus amigos apelidamos de Tio do Churrasco, como estava próximo àquela Rua da Liberdade fui até lá.

Perguntei a meu estômago se ele concordava, não houve resposta, apenas escutei um leve sorriso vindo de sua boca. Chegando ao local pedi uma dose de refrigerante e um churrasco de carne na farofa, era estonteante aquele sabor de carne macia e bem assada derretendo em minha boca, um verdadeiro maná enviado por deuses, meu estômago falou – me palavras de agradecimento com um sorriso largo de satisfação.

Olhando aquelas paredes limpas com azulejos brancos, o chão que poderia ter o churrasco feito em seu piso, as cadeiras arrumadas, uma organização impecável para uma churrascaria, com pessoas se divertindo e conversando, tive a certeza de poder lamber o balcão, que o máximo que conseguiria era um gosto de álcool em meus lábios.

Ao final de mais um espetinho avistei um grande amigo meu que se encontrava na mesma situação que a minha, pedimos mais um churrasco e uma dose para cada um e chegamos à conclusão que com certeza ali era um dos melhores locais de São Paulo para se apreciar um bom churrasco.

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