quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O crítico poder da mídia

A mídia detém o poder. A mídia é o quarto poder. A mídia é dominadora. A mídia é manipuladora. Ouvimos e vemos tantas críticas em relação à mídia, mas como viver sem ela? Será que o problema está na mídia ou na falta de educação, e orientação? O estudado tem muito mais condições de tomar partido, saber separar, ter opinião, decidir e etc. A mídia está aí e pronto. Faz parte da modernidade, pós-modernidade, não foi para isso acontecer que os povos antigos lutaram? Então, ela está aí.
Assis Chateaubriand, que já era dono de jornais, revistas e outros veículos de comunicação, quando trouxe a televisão para o Brasil foi o maior sucesso, um sonho para muitos. Todos os veículos de comunicação cumprem o seu papel de informar, comunicar, é claro que tem seus interesses pessoais, assim como em qualquer outro ramo. Hospital, por exemplo, tem o seu interesse empresarial. Se ficar vazio, vai a falência. Precisa de doentes, isso é desumano? Tudo tem os dois lados da moeda. A mídia tem esse domínio todo sobre a massa porque falta incentivo para a educação. Como já disse, um povo educado escolhe melhor. Sabe ouvir duas ou três opiniões diferentes e tirar a sua própria conclusão. Então, mais uma vez repito: o problema não está na mídia e sim nas mãos dos poderosos. Quando falo em poderosos, não estou apontando para o presidente Lula, porque não é só ele que governa. Existem prefeitos, governadores, senadores, deputados e outros mais. Faço questão de explicar com a preocupação de não cair na mesmice, ou seja, tudo é culpa do governo e nos isentamos da nossa responsabilidade. Nesse caso, afirmo ser os poderosos culpados porque eles não têm interesse que o povo tenha conhecimento, porque assim, fica muito mais fácil de manipulá-los, usando até mesmo a mídia para benefício próprio. Se todos tiverem oportunidade de estudo, o "poder" da mídia estremecerá. É só fazer um teste.

Cristiane Santos

Ninguém viu, nem ouviu, mas aconteceu ...


Há um ano atrás, uma menina de 15 anos foi baleada na cabeça pelo seu ex-namorado. O caso aconteceu em Santo André (região do grande ABC) e repercutiu pelo Brasil e pelo mundo, chegando a ser notícia no exterior em um jornal da Espanha, o Espanhol El País, que destacou comoção nacional pelo falecimento da jovem.
O sensacionalismo, nesse caso, foi ao extremo, a ponto de pessoas da mídia terem exposto até as próprias vítimas em uma emissora de TV ao vivo.
Essa notícia teve repercussão, porém quantas Eloá’s são vítimas por ano, mas não são reconhecidas? Quantas Isabela’s são vítimas de violência em casa, porém ninguém sabe?
Depois do caso Eloá, houve outro mais uma vez absurdo, na mesma região. Dessa vez envolvendo uma criança totalmente indefesa e um homem sem escrúpulos nenhum. A vítima tinha apenas um ano de idade e foi violentada sexualmente. Morreu presa ao corpo do homem ainda.
Esse caso não teve reconhecimento, ninguém da mídia esteve presente para averiguar, e nenhuma emissora participou ativamente. Um caso como outros que acontecem diariamente. Sempre. São como as mortes por suicídio no metrô, camuflados. Ninguém sabe, apenas ouve comentários de quem presenciou, ou ajudou de alguma forma.
Para mídia o que vale é o sensacionalismo. O que acontece de ruim para sociedade nos afeta, e nos causa comoção. Porém em alguns casos o mundo pára diante do problema, já em outros as pessoas se quer sabem, e enquanto isso “A vida não pára” ...


Kellen Monike