sábado, 31 de outubro de 2009

Na estrada deserta andava semparar. Olhava de um lado para o outro com medo de estar sendo seguida. Era uma sensação estranha. Ao mesmo tempo que fugia queria também ser encontrada. Na verdade havia dentro de si uma confusão que a incomodava.
Na casa linda de pedra trabalhada por fora, o jardim com várias tonalidades de verde, o corredor até a entrada principal parecia coisa de boneca com as folhas caindo ao chão. Era primavera. O que parecia ser um paraiso, de repente tornou-se um pesadelo. Joyce e Wellington viviam felizes até a visita daquele homem.
Sidney era um homem perturbador. Àquele sorriso mostrando os dentes brancos acompanhado de covinhas irresistíveis à deixava louca de paixão. Perguntava-se: por quê o marido trouxera àquele homem para dentro de casa? A culpa era toda dele. Lembrava-se do dia em que tudo havia começado. Na cozinha, preparando o café para àquele homem irresistível, pois o seu marido estava ausente por motivo de trabalho, Joyce de costa, sem perceber a presença do sedutor, vira-se de repente e esbarra no peito dele sujando a ambos de café. Naquele momento, os olhos deles se encontraram e foi o suficiente para deixarem explodir o sentimento sufocado há dias. A partir daí, foram vários cafés da manhã repetidos da mesma forma.
Agora, ela estava andando numa estrada deserta sem saber para aonde ir e nem como agir. Só tinha certeza de uma coisa: amava àquele homem sedutor e o que acabara de descobrir. Estava grávida.

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