domingo, 1 de novembro de 2009

A viagem

Num passeio com a família, Mustafá se depara com com um final de semana que será inesquecível, ao entrar no ônibus imagina como seu feriado será proveitoso na praia onde está acostumado a ir com seus pais.

Como de costume, ele e sua mãe vão na frente para arrumar a casa que está suja por ficar fechada durante algumas semanas ou até mesmo meses, porém nesse dia seu irmão e seu tio o acompanharam. Ao entrar no ônibus percebe que não tem vagas para ele se sentar então nota que a viagem vai ser um pouco mais demorada do que o normal, ao chegar na serra, tem náuseas e pede para o motorista encostar o ônibus para que respire um pouco melhor sem que nada o faça balançar.

Depois de tudo pronto seguem viagem até a praia de Perequê-açu em Ubatuba, onde encontra sua casa do jeito que imaginava, toda desajeitada, mas que o esperava de braços abertos. Depois de ajudar sua mãe todos resolvem descansar para que no dia seguinte aproveitem tudo o que a cidade tem a oferecer, seu irmão Mohamed resolve dormir na rede que fica na varanda do lado de fora da casa, enquanto Mustafá, sua mãe e seu tio dormem dentro de casa.

No meio da noite todos acordam desesperados ouvindo um som que até hoje Mustafá não consegue decifrar, parecia gritos, com a porta caindo no chão e pessoas desesperadas do lado de fora da casa. Ao acordar também desesperado achando estar no inferno vendo tudo vermelho e com as pernas bambas, Mustafá da um pulo do colchão que está no chão e vai em direção à porta que acabara de cair e imagina que algo de muito ruim está acontecendo com seu irmão, o que não era exatamente o que acontecia.

Era de madrugada e o que aconteceu foi que Aristóteles seu pai ao chegar foi assaltado por dois indivíduos que por sinal eram seus vizinhos de muro, e quando saiu viu o portão derrubado e dois homens, cada um com facão nas mãos, quase adentrando a casa para acertar seu pai.

Não entendendo o que acontecia correu para fora e seu pai ao invés de fechar a porta e ir dormir resolveu enfrentar os bandidos para recuperar suas malas que jogou no chão para poder correr mais depressa, Mustafá então pegou o portão caído e com ele tentou proteger seu pai já que o meliante estava quase acertando o facão nele.

Notando que não podia fazer nada sozinhos, Eneida, mãe de Mustafá ligava para a polícia para que enviassem uma viatura até lá e prendessem os marginais que a fizeram acordar no meio da madrugada de forma inesperada, enquanto falava com o policial por telefone, Mustafá, seu pai, seu tio e seu irmão foram atrás dos delinquentes para recuperar as malas que ficaram no caminho.

Ao chegar no local os indivíduos mais uma vez os ameaçam com facão, mas Mustafá está longe e sabe que não podem correr tanto, e pedia para que devolvessem as malas de seu pai, o que não aconteceu, então a polícia chegou e conseguiu prender um dos ladrões, pois o outro se escondeu e até hoje ninguém sabe onde ele se meteu, o pai de Mustafá recuperou seus pertences, faltando apenas uma carteira de moedas e ao invés de irem embora dalí, ficaram o fim de semana inteiro na casa e aproveitaram o feriado.

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