quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Diabo Veste Prada.

Cláudia acorda com o barulho do sino da igreja anunciando a madrugada fria e chuvosa. Ela é casada, tem 32 anos, 1.70 de altura, olhos azuis, branca como neve e cabelos negros na altura dos ombros.
Ao olhar para o relógio ao lado da cama, notou que seu marido, Pierre, ainda não havia chegado da sua longa jornada de trabalho no jornal "Le Monde" onde era redator chefe. Desde adolescente, Cláudia apresentava um comportamento desequilibrado, já frequentou terapias e toma remédios antidepressivos.
O vento bate na janela de seu apartamento no 15º andar na avenida Champs Elysées próximo a Torre Eiffel, os raios da tempestade que caem na cidade iluminam as garrafas de Velvet Cliquot em cima do balcão do bar repleto de taças de cristais.
Cláudia começa a ficar cada vez mais desconfiada da demora de seu marido na redação do jornal, à beira de um ataque de nervos, ela sai do apartamento apenas com uma camisola da grife PRADA e com o picador de gelo que estava dentro do balde de champagne. Ela sai às ruas de Paris com a vestimenta colada ao corpo por causa da forte chuva que caia, Cláudia vai em direção do prédio onde fica a redação do jornal onde supostamente está seu marido, como já passava das três horas da manhã, já não havia mais nenhum segurança na portaria, apenas os jornalistas realizando o fechamento da edição.
Ela pega o elevador praticamente semi nua, cabelos enxarcados,olhar enfurecido , segurando aquela arma na mão como se fosse o último diamante da face da terra. A porta do elevador se abre, ela começa a ir de encontro à sala onde Pierre costumava passar as noites, e o que era apenas uma desconfiança, passa a ser realidade, seu marido estava com uma colega de trabalho em uma cena de sexo explícito, a mesa que estava repleta de sugestão de pauta, deu lugar à puta.
Cláudia vai para cima de Pierre arrebentando seu peito com o picador de gelo, são vários volpes, muito sangue, muitos gritos, a messalina a essa hora já estava longe dali, ele cai nú, de joelhos, implorando pela vida, Cláudia, com a camisola cheia de sangue, observa a cena com um sorriso no olhar, com semblante de vingança.
Pierre, no dia seguinte, vira matéria de primeira capa do jornal.

Joice Pineda

RA: 408.141.983

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