sábado, 26 de setembro de 2009

Depois de enlatados, eles são assados

O Atum sai de sua origem às 6 da matina, fica em repouso por cerca de meia hora e, com uma de suas nadadeiras dá sinal de parada aquela grande máquina sobre rodas, na qual, em seu interior existe uma quantidade enorme desses “pescados”, a função é esfregar um no outro, até que fiquem com o mesmo cheiro, com o mesmo gosto e no final, todos estarão amarrotados e fedidos, quase que ralados por completo.

Depois de andar pela esteira que dá acesso às estações das máquinas enlatadoras, todo o material é amontoado num canto e, vagarosamente, um a um, passo a passo sejam jogados dentro dela. A propósito, máquina moderna esta, além de ser comprida e metálica faz até um barulhinho avisando quando as comportas se fecharão para que o material seja prensado.

A última novidade foi quando, um desses setores resolveu saber que gosto teria ao assar o Atum dentro de suas próprias latas, a proposta parecia interessante, mas não deu certo. O Atum estava vivo e tentou fugir, ao invés de assado ficou somente, defumado.

É, meu amigo, este é o cotidiano de muitos paulistanos....

Thiago Cogo

4 comentários:

  1. Algumas pessoas disseram não ter entendido a relação da crônica com fato algum, então, para quem não entendeu segue 'desenho' em 'marcadores', rs!
    Um abraço!

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  2. muito bom, Thiago Silveira Cogo!!! Parabéns!!! voce está escrevendo cada vez melhor!!! um bj

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